Em mim mesma, em vocês, em cerveja, em fumaça, no que eu quiser. Na minha dor, inventada ou aumentada, esquecida, ignorada, como eu quiser.
Vou me testar, me fazer, me esquecer, respeitar ou fingir.
Isso é só meu.
Se eu digo desculpas ou faço roteiros, se peço a mim mesma respaldos, não o faço em estratégias vis ou por almejar um conforto cruel.
Minhas palavras não estão cheias de maldades misteriosas e labirintos sado-masoquistas. Essas não são minhas palavras. São olhares e sorrisos. Poucos deles.
Eu nunca quis afogar alguém. Sempre preferi queimar.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
19.
O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma
pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
Florbela Espanca
pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
Florbela Espanca
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
18. hahaha

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
16. Does anybody know what we are living for?
Embriaguem-se
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
-----------------------------------------------------------------------------------
Enivrez vous
Il faut être toujours ivre. Tout est là : c'est l'unique question. Pour ne pas sentir l'horrible fardeau du Temps qui brise vos épaules et vous penche vers la terre,il faut vous enivrer sans trêve.
Mais de quoi? De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise, Mais enivrez-vous.
Et si quelquefois, sur les marches d'un palais, sur l'herbe verte d'un fossé , dans la solitude morne de votre chambre, vous vous réveillez, l'ivresse déjà diminuée ou disparue, demandez au vent, à la vague, à l'étoile, à l'oiseau, à l'horloge, à tout ce qui fuit, à tout ce qui gémit, à tout ce qui roule, à tout ce qui chante, à tout ce qui parle, demandez quelle heure il est; et le vent, la vague, l'étoile, l'oiseau, l'horloge, vous répondront : "Il est l'heure de s'enivrer! Pour n'être pas les esclaves martyrisés du Temps, enivrez-vous; Enivrez-vous sans cesse !"
De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise.
Charles Baudelaire
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
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Enivrez vous
Il faut être toujours ivre. Tout est là : c'est l'unique question. Pour ne pas sentir l'horrible fardeau du Temps qui brise vos épaules et vous penche vers la terre,il faut vous enivrer sans trêve.
Mais de quoi? De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise, Mais enivrez-vous.
Et si quelquefois, sur les marches d'un palais, sur l'herbe verte d'un fossé , dans la solitude morne de votre chambre, vous vous réveillez, l'ivresse déjà diminuée ou disparue, demandez au vent, à la vague, à l'étoile, à l'oiseau, à l'horloge, à tout ce qui fuit, à tout ce qui gémit, à tout ce qui roule, à tout ce qui chante, à tout ce qui parle, demandez quelle heure il est; et le vent, la vague, l'étoile, l'oiseau, l'horloge, vous répondront : "Il est l'heure de s'enivrer! Pour n'être pas les esclaves martyrisés du Temps, enivrez-vous; Enivrez-vous sans cesse !"
De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise.
Charles Baudelaire
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
15. How can it be, Mr. Rice? How can you know such things?
Votos de paz não me significam muita coisa.
Tranquilidade não é um ideal e calmaria não é uma vantagem por si só.
Concordâncias e congruências não me alimentam. Quando sinceras, não incomodam... podem aproximar, claro que podem. É que nada pode ser só concordância. Nada pode ser só claro e puro e simples e confortável e só isso. Falta a beleza que só existe na complexidade, nos defeitos, nos desacordos e arranhões, nos impactos de todo conhecer.
As pessoas deviam estar mais dispostas a agir de forma genuína, simples ou não. Você podia estar mais disposto a decidir, a concordar, a discordar, a perceber, a tomar o controle. A tomar tudo que você puder. Mais inclinado a fazer (de mim) o que você quiser. Só porque você quer.
Fantástica é a capacidade de mudar disposições e transformar situações... de prov... ah.
O problema aqui é que eu... reajo. Ou nada.
A tragédia aqui é a minha falta de vontade, latente.
O que parece é que...
Tranquilidade não é um ideal e calmaria não é uma vantagem por si só.
Concordâncias e congruências não me alimentam. Quando sinceras, não incomodam... podem aproximar, claro que podem. É que nada pode ser só concordância. Nada pode ser só claro e puro e simples e confortável e só isso. Falta a beleza que só existe na complexidade, nos defeitos, nos desacordos e arranhões, nos impactos de todo conhecer.
As pessoas deviam estar mais dispostas a agir de forma genuína, simples ou não. Você podia estar mais disposto a decidir, a concordar, a discordar, a perceber, a tomar o controle. A tomar tudo que você puder. Mais inclinado a fazer (de mim) o que você quiser. Só porque você quer.
Fantástica é a capacidade de mudar disposições e transformar situações... de prov... ah.
O problema aqui é que eu... reajo. Ou nada.
A tragédia aqui é a minha falta de vontade, latente.
O que parece é que...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
14.
Hoje eu vi fumantes do lado de fora de uma porta de hospital, mas tava ouvindo outra música.
Hoje eu acho que, pela primeira vez na vida, eu senti raiva por raiva. Sem fingir -muito bem- que ela não existe, como eu costumo fazer muito naturalmente.
Raiva de todos os lugares pelos quais eu passei andando sem rumo. Dos rostos que eu não queria estar vendo.
Mas foi rápido.
Aí ficou uma saudade imensa, daquelas que só eu sei sentir, saudade de doer na carne, que absurdo. Eu sou toda saudade, às vezes.
Tantas coisas que eu não posso valorar... porque eu não sei me conseguir as condições pra vivê-las.
Quanto mais eu sei, quanto mais eu quero, quanto mais eu queimo por tudo que eu não posso, mais eu me vejo estática.
Eu não sei me deixar ser quem eu sou.
Quanto mais eu bebo, quanto mais eu fumo, quanto mais eu rio e me divirto infinitamente por uma noite, pior é a vingança do dia seguinte. Às vezes. Não importa.
Eu não sei.
Eu sei que deixei de ser criança aos 5. Que gosto de homens de camisa vermeha. Que um maço de cigarros custa 3 reais. Que eu gosto de não me importar com as opiniões dos outros e que tá quase saindo do forno uma quiche fantástica.
Hoje eu acho que, pela primeira vez na vida, eu senti raiva por raiva. Sem fingir -muito bem- que ela não existe, como eu costumo fazer muito naturalmente.
Raiva de todos os lugares pelos quais eu passei andando sem rumo. Dos rostos que eu não queria estar vendo.
Mas foi rápido.
Aí ficou uma saudade imensa, daquelas que só eu sei sentir, saudade de doer na carne, que absurdo. Eu sou toda saudade, às vezes.
Tantas coisas que eu não posso valorar... porque eu não sei me conseguir as condições pra vivê-las.
Quanto mais eu sei, quanto mais eu quero, quanto mais eu queimo por tudo que eu não posso, mais eu me vejo estática.
Eu não sei me deixar ser quem eu sou.
Quanto mais eu bebo, quanto mais eu fumo, quanto mais eu rio e me divirto infinitamente por uma noite, pior é a vingança do dia seguinte. Às vezes. Não importa.
Eu não sei.
Eu sei que deixei de ser criança aos 5. Que gosto de homens de camisa vermeha. Que um maço de cigarros custa 3 reais. Que eu gosto de não me importar com as opiniões dos outros e que tá quase saindo do forno uma quiche fantástica.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
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