sexta-feira, 21 de maio de 2010

90.

Falou um monte, um monte, falou absolutamente tudo que tinha e não tinha e podia ou... que seja. Falou e disse. Aí, ah, minha gente, aí quis saber o que eu achava daquilo. O "eu acho" me engasgou. Eu me recusava a, daquilo, achar alguma coisa. Não acho. Não vou achar nunca. Pretendo me lembrar de não achar mais. Perdi. Dorme bem, chuchu.

89.

Eu quero ver queimar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

88.

Cê quer me ajudar com meu XLV? Segurar minha mão pra pular no abismo, não me deixar levar mochila nem barraca, nem tijolo e só uma cota racionada de distanciamento prático... me ajudar a voltar a entender umas coisas que eu continuei pregando, mas parei de praticar. Me segurar como for necessário quando eu tiver mais uma crise de pânico (só de pensar nas coisas mais bobas possíveis, que não deviam estar acontecendo comigo ou me atirando nas coisas grandes e más que moram em mim e na minha maldade labiríntica e inescapável e em tudo que não vive onde tiver cor), me ensina a parar de falar que uma coisa não pode acontecer, que eu não posso querer e não querer ao mesmo tempo, que as pessoas não podem destruir o que elas não entendem. Mesmo que elas não possam poder. Todo mundo pode fazer o inferno que quiser, eu preciso aprender a me queimar.
Eu tô com medo do medo e fico meio sem forças.