terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

20. Eu vou me afogar.

Em mim mesma, em vocês, em cerveja, em fumaça, no que eu quiser. Na minha dor, inventada ou aumentada, esquecida, ignorada, como eu quiser.
Vou me testar, me fazer, me esquecer, respeitar ou fingir.
Isso é só meu.
Se eu digo desculpas ou faço roteiros, se peço a mim mesma respaldos, não o faço em estratégias vis ou por almejar um conforto cruel.
Minhas palavras não estão cheias de maldades misteriosas e labirintos sado-masoquistas. Essas não são minhas palavras. São olhares e sorrisos. Poucos deles.
Eu nunca quis afogar alguém. Sempre preferi queimar.