terça-feira, 19 de junho de 2012

137.

Mesmo sendo minha e só, assim, como dá pra ver,
não me parece, reparando, que meu corpo seja meu.
Aquela sensação estranha de ter sempre mãos, as suas, ainda quentes sobre a pele.
Essa metamorfose que o costume causa e a vontade afirma, a pele se adapta e mudam os usos e abusos, quando sim. As partes não são mais todo, são prática.
O que já foi cintura é pra segurar. Empurrar, apertar e puxar pra si.
E quando eu vi, já via outra coisa, também. Sua pele nem é pra ser pele, é pra se encostar em mim.