terça-feira, 16 de novembro de 2010

121.

"Não importa que te avisem,
Não me importa que se goze,
Não importa que me caiba parte de seu desconforto.

Me importa que não me escute, que me obrigue e que me ame."

120.

"Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
(...)
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza."

Álvaro de Campos

sábado, 13 de novembro de 2010

119.

Fico confusa. Não sei se me deixa chateada que eu aproveite toda oportunidade pequena de te negar uma coisinha ou outra, não te deixar fazer do seu jeito. Talvez não devesse ficar chateada. Talvez eu devesse me colocar menos à sua disposição.
Foda é que, só de ir ao encontro das minhas vontades... eu acabo à sua disposição, o máximo possível.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

118.

Verdades construídas são verdades. Mentiras convincentes vão ganhando status de verdade. Verdades são largamente desacreditadas e crenças... são mais que verdades.
Eu tive vários sonhos essa noite, a noite toda. Fico pensando "será sugestão mental ou sua influência, de fato?", fico pensando um monte de coisas, muito lenta pra me mexer, muito calma pra querer parar de pensar. Up from my brain is where I bleed, mas, ei, when I find my peace of mind, any peace at all...
I'm gonna give you some of my good time.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

117.

"Pleasantly caving in
I come undone"

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

116.

E, se você quis mesmo saber, aqui eu até falo um pouco mais.
Tava até discutindo isso numa aula, como querer pode ser objetificar, mas é, necessariamente, objetivar, apenas. Pensando, depois, em como eu não costumo me importar com corriqueiras objetificações de mim - será porque eu me exagero enquanto sujeito?
Eu quero sempre pessoas e demais e pessoas, bastante, mas enquanto sujeito, sempre enquanto sujeito.
Não é incoerente, mas é difícil.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

115.

E, se bobear, uma hora ou outra eu preciso que me apertem. Gosto dos que têm naturalmente a disposição de abraçar e segurar firme.
Mas, sendo que uma coisa acaba por se colocar diametralmente oposta à outra, prefiro sexo. Não por não gostar de esperar, de me expor... porque eu não gosto que não se possa separar as coisas nem fazer com que tudo seja mais possível, cabível, plausível, mesmo que absurdo, mesmo ao mesmo tempo.
Redundante e exausta de dizer as mesmas coisas.