Eu vim fazendo da minha vida uma grande metalinguagem.
Faço uma idéia outra do ofício da lapidação.
Meu selo de qualidade
aprova manchas.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
100.
Me mostra um problema que me afeta diretamente, mas não depende de mim. Uma questão problemática que passa por uma questão minha, mas eu não posso resolver... que eu te mostro uma Rebecca que esquece o comedimento e perde a capacidade de pensar com clareza.
Se eu não posso resolver por conta própria, me desespero. Isso tudo significando que
eu preciso ter o controle das coisas.
Shoot me now.
Se eu não posso resolver por conta própria, me desespero. Isso tudo significando que
eu preciso ter o controle das coisas.
Shoot me now.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
99.
Já ouvi gente falar isso e aquilo e até aquilo outro de homens, de antigamente, de homens de antigamente, de mulheres moderninhas, de mea culpa - e mea culpa é, no fundo, inerente à "alma" feminina, acaba sendo, sempre é. Só porque amarraram todas as vergonhas ao corpo feminino. Só por isso.
Sempre ouço gente falar as maiores atrocidades do mundo de hoje, de velhos tempos, da pouca vergonha generalizada, que o mundo é gay e preconceito nem existe mais. Dá pra ver, em luzes de néon, os nós forçados que ligam o discurso. "Não existe mais vergonha na cara no mundo que vivemos. O mundo já é gay, o preconceito é mínimo. Pode existir, mas tá desaparecendo. Tá tudo uma grande bagunça." Vergonha na cara e homossexualidade não andam juntas. Porque preconceito é, de certa forma, vergonha na cara? Coisa que gay não tem. Nem vergonha na cara nem preconceito, é. Isso é propriedade institucional da moral cristã.
Ah, vá!?
No fim das contas, será que algumas coisas são verdade? São verdade porque fizeram com que fossem? São porque a gente repete, cede e deixa passar? Fico vendo umas fórmulas de conduta, absurdas por definição, serem bem-sucedidas. Umas noções pré-estabelecidas sendo sempre recompensadas. Umas idéias insanas encontrando respaldo empírico. A arte de ser mulher é se utilizar do poder social não declarado? Comandar seu marido, no silêncio de dentro de casa, deixando ele achar que as idéias dele são dele? Andam juntas emancipação e masculinidade? A grande maioria acredita mesmo que as mulheres não são mais mulheres? A gente cuida mais de alguém quando faz sexo com outras pessoas em segredo? A gente só dá valor quando perde? Santa na rua e puta na cama? O que os olhos não vêem o coração não sente? Manga e leite, você já teve medo de misturar?
Sempre ouço gente falar as maiores atrocidades do mundo de hoje, de velhos tempos, da pouca vergonha generalizada, que o mundo é gay e preconceito nem existe mais. Dá pra ver, em luzes de néon, os nós forçados que ligam o discurso. "Não existe mais vergonha na cara no mundo que vivemos. O mundo já é gay, o preconceito é mínimo. Pode existir, mas tá desaparecendo. Tá tudo uma grande bagunça." Vergonha na cara e homossexualidade não andam juntas. Porque preconceito é, de certa forma, vergonha na cara? Coisa que gay não tem. Nem vergonha na cara nem preconceito, é. Isso é propriedade institucional da moral cristã.
Ah, vá!?
No fim das contas, será que algumas coisas são verdade? São verdade porque fizeram com que fossem? São porque a gente repete, cede e deixa passar? Fico vendo umas fórmulas de conduta, absurdas por definição, serem bem-sucedidas. Umas noções pré-estabelecidas sendo sempre recompensadas. Umas idéias insanas encontrando respaldo empírico. A arte de ser mulher é se utilizar do poder social não declarado? Comandar seu marido, no silêncio de dentro de casa, deixando ele achar que as idéias dele são dele? Andam juntas emancipação e masculinidade? A grande maioria acredita mesmo que as mulheres não são mais mulheres? A gente cuida mais de alguém quando faz sexo com outras pessoas em segredo? A gente só dá valor quando perde? Santa na rua e puta na cama? O que os olhos não vêem o coração não sente? Manga e leite, você já teve medo de misturar?
98.
Às vezes parece que eu ia cumprir melhor os meus propósitos se eles fossem enganar, mentir e magoar.
Acho que eu fiz essas regrinhas invioláveis pra mim mesma antes de trilhar uma estradinha de rebeldia sem causa. Antes de não levar as pessoas a sério, de vez. Ou não.
Sei que volta e meia, junto com aquela vontade de levantar e tomar um vinho, de madrugada, enchendo cinzeiros e repensando nós, me dá vontade de vontade de adultério, dor e assassinato. Aí passa e eu volto a achar mais apropriado continuar sendo como eu sou. Não mentir, não enganar... cuidar e alimentar tudo que eu acho tranqüilo e gostoso... ficar tranqüila demais e distante de tudo que me for muito precioso, se correr o risco de acabar por outras mãos. Acabar acabando tudo pelas minhas mãos.
Parece sempre que eu poderia cumprir meus propósitos se tivesse coragem de ter algum que me fosse importante.
Acho que eu fiz essas regrinhas invioláveis pra mim mesma antes de trilhar uma estradinha de rebeldia sem causa. Antes de não levar as pessoas a sério, de vez. Ou não.
Sei que volta e meia, junto com aquela vontade de levantar e tomar um vinho, de madrugada, enchendo cinzeiros e repensando nós, me dá vontade de vontade de adultério, dor e assassinato. Aí passa e eu volto a achar mais apropriado continuar sendo como eu sou. Não mentir, não enganar... cuidar e alimentar tudo que eu acho tranqüilo e gostoso... ficar tranqüila demais e distante de tudo que me for muito precioso, se correr o risco de acabar por outras mãos. Acabar acabando tudo pelas minhas mãos.
Parece sempre que eu poderia cumprir meus propósitos se tivesse coragem de ter algum que me fosse importante.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
97.
Queria botar sua foto numa caixinha de leite de filme estadunidense.
Aí quando trouxessem você pra mim eu ia olhar e dizer: não, moça, não é essa aí a Lu que eu perdi.
Nem ríspida, nem seca, amiga. Te amo, ainda.
Aí quando trouxessem você pra mim eu ia olhar e dizer: não, moça, não é essa aí a Lu que eu perdi.
Nem ríspida, nem seca, amiga. Te amo, ainda.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
95. Rude but not that twisted.
Eu pergunto "o quê?", não me respondem... eu falo que queria entender, não me deixam... eu começo a listar as opções. Mais ou menos escrachada ou descabida, começo a dar opções.
Continuo mostrando as opções em aberto e abrindo novas, de acordo com a minha disposição, até elas acabarem.
O que você quer então, ser meu amigo?
Quer me deixar te conhecer?
Quer ser só meu conhecido?
Quer que eu nem fale mais contigo?
Quer trepar? T-r-e-p-a-r?
Quer me responder alguma coisa?
Qualquer coisa? Quer alguma?
Continuo mostrando as opções em aberto e abrindo novas, de acordo com a minha disposição, até elas acabarem.
O que você quer então, ser meu amigo?
Quer me deixar te conhecer?
Quer ser só meu conhecido?
Quer que eu nem fale mais contigo?
Quer trepar? T-r-e-p-a-r?
Quer me responder alguma coisa?
Qualquer coisa? Quer alguma?
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