segunda-feira, 2 de agosto de 2010

98.

Às vezes parece que eu ia cumprir melhor os meus propósitos se eles fossem enganar, mentir e magoar.
Acho que eu fiz essas regrinhas invioláveis pra mim mesma antes de trilhar uma estradinha de rebeldia sem causa. Antes de não levar as pessoas a sério, de vez. Ou não.
Sei que volta e meia, junto com aquela vontade de levantar e tomar um vinho, de madrugada, enchendo cinzeiros e repensando nós, me dá vontade de vontade de adultério, dor e assassinato. Aí passa e eu volto a achar mais apropriado continuar sendo como eu sou. Não mentir, não enganar... cuidar e alimentar tudo que eu acho tranqüilo e gostoso... ficar tranqüila demais e distante de tudo que me for muito precioso, se correr o risco de acabar por outras mãos. Acabar acabando tudo pelas minhas mãos.
Parece sempre que eu poderia cumprir meus propósitos se tivesse coragem de ter algum que me fosse importante.

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