sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

132.

Eu queria te pedir desculpas pelas coisas que você não sabe que eu faço contigo. Pela tortura velada e pelo prazer que eu sinto na culpa. Mas eu acabei por tomar como meu algum tanto do peso da maldade que me pintam na pele e, quando eu sei do mal que faço... parece que tudo fica no lugar certo, familiar como aquelas boas coisas que não mudam nunca, todas malditas.
Talvez seja o puro prazer da chacina, eu detestaria admitir.
No fim do dia... eu não sei se gosto mais do teu sofrer ou de quando você consegue ser mais forte que todos os meus venenos. E quando amanhece... nada é suficiente. Ninguém é.

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