sexta-feira, 14 de outubro de 2011

129.

Gosto das minhas cinzas voando janela afora e dos pedaços de papel que minhas mãos largam quando se cansam de segurar o peso do que escrevem. Minhas mãos precisam de freio pra corrigir essa autocondescendência que eu não suporto. Ficam sempre fugindo das conseqüências dos próprios atos e sobra pra minha boca que fala demais falar mais um pouco até estragar o que não podia mais ser estragado, maquiando minhas durezas com desculpas e manchando meu tempo com uma paciência fingida.
Treinei exposição forçada por desespero, não consigo mais me conter.

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