quinta-feira, 11 de outubro de 2012

140.

Uma insatisfação vem cronicando, histórica, me ganhando no medo. Medo de estar errada, estar com mais vontade de cegueira do que fato. Não sei mais de análise, nem interpretar meus lampejos sãos.
Não me lembro do que tinha pra saber se o que me falta é porque me falta sempre ou é mesmo o que preciso.
Sempre em falta, mas... mesmo assim, mais que nunca.
Não me basta, não me esquenta, não me cobre. Deve ser por isso que quero sempre tão perto, porque perto já é só meio.
Admirando assim todas as coisas que você tem tanto, e ninguém mais, sempre concluo que preciso de mais, justamente do que não posso pedir, não devo querer, talvez não adiante, nem sei se piora, e se eu disser, mas deixa pra lá, é bem isso que eu faço: emaranho todas as pontas e nós, mais nós ainda e pronto, finjo que esqueço, não concluo. Eu não quero saber o que eu sei a respeito.

Um comentário:

Luiza disse...

Às vezes você pode sem muita reflexão escolher uma opção e ver no que dá; é bom pra levar pra prática aquilo que fica existindo na teoria e perdido dentro do corpo.