quinta-feira, 9 de setembro de 2010

106.

Eu não tenho que me fazer parecer calma. Eu não sou calma, a não ser com os eventos do mundo cotidiano. Eu não sou calma a respeito das minhas vontades. Até aí, ok. Você pode gostar ou não gostar. Vai ver isso te irrita do mesmo jeito que me irrita sua predisposição a não dizer o que quer, nunca, mas não fazer nada além do que já tinha pensado.
Não, eu não faço nada que eu não queira. Mas meu querer é fácil. Eu quero pela companhia, quero porque não fazendo nada mesmo, quero pela diversão imediata, quero pra variar, quero pra não variar. Eu quero o que eu quero, claro. Mas não quero só o que eu, só, queria a princípio. De forma alguma. Simples assim.
Voltando à minha intenção inicial que se tornou uma das minhas freqüentes auto-explicações: ninguém tem que se fazer de rogado e evitar ir atrás do que quer na frente de quem não deu o que se queria.
A não ser que se dê preferência ao evitar da possível mágoa, do orgulho ferido do outro.
Eu sempre escolho lidar com gente grande e ficar na espera de mais coerência e segurança do que as pessoas podem, humanamente, me mostrar.
Eu gosto das pessoas a despeito de uma segurança titânica, gosto de pessoas que têm cicatrizes e deixam marcas.