sexta-feira, 26 de junho de 2009

42.

Me atirando em alguma coisa, sempre. Eram tentativas desajeitadas de achar alguma coisa em algum lugar, de algum jeito. Pareciam, mas não eram. São desastrezinhos de tentativas de alguma coisa em relação a mim mesma.
Só não vem me dizer que é uma tentativa de me achar em algum lugar, de algum jeito, de achar alguma coisa a meu respeito, de esquecer todas as coisas das quais eu não sou capaz e todas as coisas que eu quereria muito viver e saber se eu admitisse querer, ao mesmo tempo em que continuo fingindo não enxergar porque eu não me arrisco.
Eu não me atiro, nunca.
Eu não preciso de um aquário grande, preciso saber preenchê-los.

Nenhum comentário: