quinta-feira, 7 de maio de 2009

32.

Eu não sei se você fala como se alguma culpa da minha parte - intencional ou não - pudesse ser percebida em cada letra ou se eu sinto alguma culpa não culpada pela minha condição voluntária - e ainda assim, não - de querer outro ar pra respirar. Um que tenha bem menos calor em si.
Eu tô, na verdade, tentando não pensar no quanto eu vou ter que ser retalhada pra fazer isso. Invisivelmente retalhada. Eu quero que você vá sem nem pensar em como ia ser pra você, pra facilitar pra mim.
Eu tô tentando aproveitar a minha desgraça de capacidade de ignorar uma separação até que eu não consiga nem pensar em outra coisa. Aí talvez eu tente aproveitar a minha capacidade de fingir não poder estar perto de forma alguma só por não estar perto. Mas, se pensasse nisso, saberia que vai ser difícil dessa vez.
Vai pelo menos ao festival comigo? haha
ha =/

Um comentário:

Luiza disse...

Não digo nada em lugar nenhum como se houvesse qualquer tipo de culpa, em qualquer tipo de lugar. Não vejo nenhum, em lugar nenhum, nem sei aonde veria. Simplesmente não vejo. Falo só com os cinquenta e poucos quilos do peso da falta.

E acho gostoso que você vá - não me lembro, nos últimos tempos, de algo que tenha me deixado mais feliz; é simplesmente maravilhoso.