Me transformou em musa - eu chamo de fantasma - porque tinha medo da mulher. Quem eu fui ali só existiu dentro dele, a mulher que eu sou ele nunca viu, nem dormindo.
Tinha medo do que ia sentir, do que ia fazer, do que eu não ia acatar.
Não digo que não tenha sofrido, sofreu tanto que quase virou poeta. Quando foi poeta, sentiu tão profundamente a si mesmo que só pôde sentir isso. O restante de nós, espelhos com formatos diferentes, seu sofrimento autorizava.
Depois se ensimesmou ainda mais, ficou só, te conheceu.
Ele escreveu sobre mim, mas talvez tenha te amado.