segunda-feira, 13 de março de 2017

144.

Morno, morno.
Quente só se for de ira. Pra amizades, talvez. Interesses em comum com amigos, música, quente. Fora isso, é pior que frio, é morno.
Amor? Morno. Declarações nulas, espontaneidade morta no berço. Confunde fúria com insensatez, qualquer coisa que lhe soe não-morna é incômoda. Padrão.
Mas me chama de careta.
Um amor que não pulsa, não grita. Resmunga, remói e repensa, sempre.
Quando se der conta de que viver é o que salva a vida, é tarde. Pro amor, já é póstumo.
Eu que não sou morna, choro.

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