sábado, 18 de outubro de 2008

2.

Às vezes numa noite fria e às vezes num dia bem quente... eu me lembro dela.
Da vontade que ela tinha de pertencer a mim, me transformar pra sempre. Da vontade que era minha de me entregar, fingir voar.
Eu conheço uma casa que tem uma janela. A janela é minha e, céus, eu ainda sou dela.
É a janela mais linda que eu já vi na minha vida. Se eu tivesse um coração, choraria só de ver.
E aí volta a vontade. De pertencer a ela e não mais e mais fundo e pra sempre e inteira, num suspiro. Num suspiro, nem minuto, minha doce morte pornográfica.

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